Uma das primeiras coisas que aprendi na faculdade foi que não devemos jogar nossos trabalhos no lixo. Por mais que você tenha detestado, que não sinta um pingo de orgulho de colocar seu nome, não jogue fora.
Aprendemos muito com os nossos erros, e isso é verdade. Tenho três exemplos do porquê:
A primeira lição é: Observe o resultado do trabalho, seja ele uma ilustração, fotografia, uma costura, qualquer coisa. Note principalmente o que você não gostou, aquilo que está incomodando os seus olhos. Este erro vai ser justamente o que vai fazer você melhorar, porque você procura uma forma de aprender, você faz de novo e de novo até acertar.
Segunda lição: Não se envergonhe de seus erros. É completamente normal você terminar um trabalho, gostar dele durante um tempo e depois detestar. Você se pergunta: "Como eu fiz isso?" Aconteceu comigo várias vezes, e foram em algumas delas que eu apaguei o trabalho. É difícil colocar na cabeça que errar é humano e aceitável. E nós nos julgamos tão ferozmente. O trabalho do "fulano" parece sempre melhor, e algumas pessoas até parecem que nasceram com um dom. Mas não é bem assim. Todos passam pelo mesmo processo de aprendizagem, e todos tiveram que usar a borracha. Não ache que você é único que sofreu para fazer um olho igual ao outro. haha
E como terceira lição: Acompanhe a sua evolução. E sim, por mais que você ainda considere seu trabalho ruim, se você comparar com um dos primeiros você irá notar a enorme diferença entre eles. E isso incentiva muito a continuar.
Fiz esse post pensando em mim e em muitos leitores que já me mandaram mensagens: Adoro suas ilustrações, queria saber desenhar assim.
Eu também não comecei com ilustrações incríveis. Eu não sabia de luz e sombra, eu não sabia de proporção, eu não sabia de quase nada. Agora eu sei muitas coisas, mas a principal delas é: Eu sei que não sei tudo. Eu posso evoluir muito mais ainda, e estudo e pratico para isso. Espero que esse post sirva de incentivo para vocês, para que ao menos comecem e tentem. A sensação de aprender e se orgulhar de um trabalho seu é maravilhosa e viciante, vocês irão ver.


2011 - Um dos meus primeiros desenhos digitais, feito em paint e experimentando a mesa digitalizadora.

2012 - Comecei a me interessar e aprender a vetorização. Foi a minha introdução no programa Inkscape que eu uso até hoje.


2012 - Tentando melhorar a ilustração nas tirinhas e desenvolvimento das personagens. Eu tentava misturar imagens com desenho. Na época eu achava uma boa ideia, hoje eu bateria em mim. haha

2012 - Misturando as técnicas e buscando o meu estilo de ilustração. Essa foi a pior época para mim, eu me cobrava muito. Achava que minhas ilustrações tinham por obrigação parecer uma ilustração de moda ou croqui. E eu amo esse estilo, mas não é somente esse tipo de ilustração que eu gosto. Eu prefiro misturar o lado mais "fashion" com meu lado mais divertido, que pode parecer um tanto quanto infantil, mas que é o ideal para mim. E hoje não me prendo a nada, quando estou ilustrando me deixo levar.


2013 - Misturando técnicas, aprendendo novos programas de ilustração.

2014 - O ano que eu tenho menos ilustrações. Eu lembro do meu desânimo, o período de desistência. Ter que se abdicar das coisas que você gosta é ruim. A vida parece cada dia mais pesada e eu senti isso, mesmo assim ainda demorei muito tempo para voltar.

2015 - Final de faculdade e mais distanciamento. Tive que pausar tudo para poder focar principalmente em TCC/provas/trabalhos. Mas também é o ano em que estou sentindo mais vontade de criar, e sinto mais segurança com meu estilo. Felizmente o ano ainda não acabou, ainda terei muitos mais.
Um beijo para os corajosos que chegaram até aqui.
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